Mapa - Araxá

Araxá
miniaturadaimagem Araxá é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, na Região Geográfica Imediata de Araxá, na Região Geográfica Intermediária de Uberaba. Sua população estimada pelo IBGE em 2021 era de habitantes.

O nome “Araxá” provavelmente é de origem tupi-guarani, formado pela união dos termos “ara” e “cha”, que significariam, respectivamente, “lugar” e “alto/elevado”, ou seja, um “lugar” ou terreno elevado. Paralelamente, o termo também foi utilizado para identificar alguns grupos indígenas locais, denominados em algumas fontes históricas como Araxás ou Arachás.

De acordo com as pesquisas arqueológicas mais recentes, os assentamentos mais antigos encontrados em Minas Gerais até o momento estão localizados na região de Lagoa Santa, com datações entre 11.000 a 9.000 AP (Antes do Presente). Nesses sítios foram identificadas pequenas lascas de quartzo, jaspe e calcedônia, geralmente brutas e algumas transformadas em raspadores, além de batedores e bigornas feitos com seixos de gnaisse e outras rochas. Por sua vez, diversos estudos arqueológicos empreendidos no Triângulo Mineiro apontam que os assentamentos mais antigos nesta região são de pelo menos do início da era cristã.

Caracterizada por conjunto de grandes e espessos vasilhames cerâmicos não decorados, de formatos que vão de semiesféricos a globulares, instrumentos líticos lascados e polidos – como machados, batedores e percutores - e assentamentos próximos a encostas suaves, a Tradição tecnológica Aratu-Sapucaí já foi identificada em três sítios arqueológicos até o momento. Denominados Lavra IV, Lavra VI e Canjica, esses sítios provavelmente representam os testemunhos mais antigos da presença de grupos humanos no município de Araxá. Outros seis sítios arqueológicos com fragmentos cerâmicos e materiais líticos (Sítio da Rampa, Lavra I, Lavra II, Lavra III, ARX 1 e Alto Bocaina 01) foram identificados e registrados nos últimos anos em Araxá, embora não tenha sido possível associá-los à nenhuma tradição tecnológica até o momento. Por outro lado, devido à grande quantidade de materiais líticos identificados na área do sítio Alto Bocaina 01, arqueólogos chegaram à conclusão de que se tratava de uma oficina lítica – ou seja, um local de coleta de matéria-prima e produção de diversos instrumentos feitos de rocha. Segundo consta, os afloramentos rochosos existentes no local - de qualidade adequada para produção de ferramentas líticas - bem como a boa visualização da paisagem de entorno, indica que se tratava de um acampamento de caça.

De acordo com estudos etnográficos e fontes primárias provenientes de estudiosos e exploradores entre os séculos XVI e XX, grupos Paresí (Aruak), Bororo e Sakriabá habitaram a região de Araxá, sendo também comum a presença de Kayapós próximos à atual divisa entre São Paulo e Minas Gerais. Como muitos outros povos ameríndios, detinham um estilo de vida nômade ou parcialmente sedentário, com as principais atividades econômicas voltadas para a caça e a coleta de peixes, aves e pequenos mamíferos, além da coleta de tubérculos e diversos gêneros de plantas.

Os Paresí (também chamados de Paryci, Cabexi e Mambare ) foram pela primeira vez descritos em termos etnográficos pelo bandeirante paulista Antônio Pires Campos em expedição ao Mato Grosso, estando com eles na primeira metade do século XVIII, aproximadamente em 1720. Por sua vez, o termo kayapó (por vezes escrito "kaiapó" ou "caiapó") foi utilizado pela primeira vez no início do século XIX, embora os próprios se autodenominassem mebêngôkre, "os homens do buraco/lugar d'água". Contudo, o conhecimento sobre os costumes e tradições desses grupos segue limitado pela falta de informações disponíveis. Sabe-se, entretanto, que os Kayapó contavam os meses por luas, faziam cerimônias fúnebres com danças e praticavam jogos como corrida com toras.

A partir de meados do século XVI, entradas e posteriormente bandeiras vindas da Bahia e São Paulo começaram a penetrar o atual território mineiro. Relações inicialmente pacíficas entre portugueses e populações indígenas acabaram tornando-se cada vez mais conflituosas nesta e em outras regiões da agora chamada América Portuguesa, na medida em que se intensificava o interesse pelo apresamento de indígenas e a busca por minas de ouro e outros metais preciosos. Ainda que constem relatos de que os Kayapó apresentavam grande resistência às investidas europeias no século XVIII, sendo considerados guerreiros temidos tanto pelos portugueses quanto pelos Tupi, esses e outros grupos indígenas foram paulatinamente escravizados, mortos ou expulsos para outras áreas. Durante os séculos seguintes após a chegada dos colonizadores europeus, a população indígena foi drasticamente reduzida, devido às “guerras justas” e em decorrência também dos seguidos aldeamentos, perseguições e capturas patrocinadas pelos jesuítas e coroa portuguesa. Apesar da drástica diminuição das populações indígenas, muitos de seus traços culturais mantiveram-se vivos, através da transformação e da miscigenação tanto entre grupos indígenas de etnias distintas, como entre estes grupos e as populações imigrantes, oriundas da África e da Europa, que aqui chegaram devido à colonização europeia.

A descoberta de minerais preciosos no norte da capitania de São Paulo fez com que uma parte dos esforços coloniais até então dirigidos à exploração de territórios distantes, captura de cativos indígenas e instalação de plantações de cana-de-açúcar se concentrasse nestas localidades. Conforme os volumes de minério extraídos tornaram-se expressivos, bem como todo esforço empregado na sua busca, o trabalho de escravos negros foi utilizado de forma cada vez mais constante, ocasionando um aumento populacional vertiginoso na capitania das Minas Gerais.

Os primeiros povoados coloniais na região de Araxá foram criados em função do chamado “Caminho do Anhanguera” ou “Estrada dos Goyases”, o qual partia de São Paulo em direção às minas de Goiás e Mato Grosso, atravessando parte do “Sertão da Farinha Podre” – antiga denominação dada ao Triângulo Mineiro. De acordo com algumas fontes, esses primeiros povoados teriam se fixado em Desemboque, atual distrito do município de Sacramento. Nas margens desse caminho surgiram pousos, fazendas de gado e cavalgaduras, além de promover a instalação de povoados, tornando-se “razão de existência e sobrevivência” dos primeiros assentamentos populacionais que dariam origem a diversas cidades.

Todavia, a presença indígena no Sertão da Farinha Podre se manteve forte até pelo menos meados do século XVIII, a ponto de ser descrito no Conselho Ultramarino como um “mar de índios” entre 1748 e 1750. Os conflitos ocorriam principalmente contra os Kayapó, razão pela qual foram criados os Aldeamentos da Região do Antigo Araxá, tendo por intenção promover a segurança ao longo da Estrada dos Goyazes. Em um desses aldeamentos, denominado Rio das Pedras, foram instalados grupos Bororo, trazidos de Mato Grosso especificamente para combater os Kayapós. Outro aldeamento criado especificamente para fazer frente à grupos indígenas que resistiam à ocupação europeia do chamado Sertão da Farinha Podre foi Sant’Anna do Rio das Velhas, atual município de Indianópolis. Estes aldeamentos congregavam povos indígenas de diversas origens étnicas, práticas culturais e idiomas diferentes, o que frequentemente gerava tensões e conflitos entre os mesmos. 
Mapa - Araxá
Mapa
Google - Mapa - Araxá
Google
Google Earth - Mapa - Araxá
Google Earth
Bing (desambiguação) - Mapa - Araxá
Bing (desambiguação)
OpenStreetMap - Mapa - Araxá
OpenStreetMap
Mapa - Araxá - Esri.WorldImagery
Esri.WorldImagery
Mapa - Araxá - Esri.WorldStreetMap
Esri.WorldStreetMap
Mapa - Araxá - OpenStreetMap.Mapnik
OpenStreetMap.Mapnik
Mapa - Araxá - OpenStreetMap.HOT
OpenStreetMap.HOT
Mapa - Araxá - OpenTopoMap
OpenTopoMap
Mapa - Araxá - CartoDB.Positron
CartoDB.Positron
Mapa - Araxá - CartoDB.Voyager
CartoDB.Voyager
Mapa - Araxá - OpenMapSurfer.Roads
OpenMapSurfer.Roads
Mapa - Araxá - Esri.WorldTopoMap
Esri.WorldTopoMap
Mapa - Araxá - Stamen.TonerLite
Stamen.TonerLite
País - Brasil
Moeda / Linguagem  
ISO Moeda Símbolo Algarismo significativo
BRL Real (Brazilian real) R$ 2
ISO Linguagem
ES Língua castelhana (Spanish language)
FR Língua francesa (French language)
PT Língua portuguesa (Portuguese language)
Neighbourhood - País  
  •  Argentina 
  •  Bolívia 
  •  Colômbia 
  •  Guiana 
  •  Guiana Francesa 
  •  Paraguai 
  •  Peru 
  •  Suriname 
  •  Uruguai 
  •  Venezuela