Smara
Smara, Semara ou Es-Semara é uma cidade do Saara Ocidental administrada de facto por Marrocos, que a considera parte do seu território. É a capital da província marroquina de, que faz parte da região de Guelmim-Es Semara. Em 2004 tinha habitantes e estimava-se que em 2012 tivesse habitantes.
Smara situa-se em pleno deserto do Saara, no vale de Saguia el Hamra, 225 km a leste de El Aaiún e 230 km a sul de Tan-Tan (distâncias por estrada). É a única cidade importante do Saara Ocidental que não foi fundada durante o período colonial espanhol.
Atualmente, a importância de Smara deve-se sobretudo às guarnições militares marroquinas e das forças de manutenção da paz das Nações Unidas e ao comércio, nomeadamente o soco (mercado) semanal que se realiza todas as quintas-feiras. Os principais monumentos da cidade são a zauia (santuário), palácio e grande mesquita de Maa el-Ainin (ou Ma al-'Aynayn, Mohamad Mustafa Ould Sheikh Mohamad Fadel), o fundador da cidade, além da chamada mesquita velha e das muralhas. Nos arredores há diversos locais com pinturas rupestres: no oued Selouan (23 km), oued Aasli Boukerch (30 km), Amgala (80 km), oued Tazouwa (135 km) e oued Mirane (145 km). Nos três últimos sítios encontram-se também sepulturas pré-islâmicas.
Até ao final do Smara pouco mais era que um ponto de passagem, cruzamento e abastecimento de caravanas transarianas. A cidade foi fundada no final do pelo chamado "sultão azul", Maa el-Ainin, o xeque saaráui que combateu o colonialismo espanhol e francês. Apesar de se situar longe da costa, Smara era rica em pastagens e água e estava bem situada para controlar as caravanas, e passou a ser a capital de Maa el-Ainin, que ali construiu um arrábita (fortaleza), um palácio e uma grande mesquita em Smara.
Maa el-Ainin combateu os ocupantes espanhóis a partir de 1898, com o apoio do sultão de Marrocos. Em 1902 transformou Smara na sua capital sagrada e tornou-a um centro religioso importante, dotando-a de uma biblioteca islâmica. Em 1904 Maa el-Ainin proclamou-se imã e declarou a jiade (guerra santa) contra o colonialismo francês. Em 1910 o sultão marroquino retira o seu apoio devido às pressões dos franceses e o xeque passa então a apoiar os combatentes antifranceses do sul de Marrocos. Em 1913, Smara é ocupada e quase completamente arrasada por tropas francesas, que devolvem a cidade a Espanha. A resistência continuou, mas foi diminuindo gradualmente até se extinguir em 1920.
Em 1958 Smara assistiu à operação aerotransportada Huracan, levada a cabo conjuntamente por tropas espanholas e francesas, com o objetivo de desalojar o Exército de Libertação de Marrocos do sul. No mesmo ano, a Espanha cedeu a faixa de Tarfaia a Marrocos.
A Frente Polisário, que luta pela independência do Saara Ocidental, foi fundada em Smara em 10 de maio de 1973. As tropas marroquinas ocuparam a cidade a 27 de novembro de 1975, causando a fuga de inúmeros saaráuis para a Argélia, para escaparem às represálias dos marroquinos pelo seu apoio à Frente Polisário. A força aérea marroquina usou napalm, fósforo branco e bombas de fragmentação contra os refugiados, provocando centenas de mortos, que a Amnistia Internacional estima em 530.
Um dos campos de refugiados saaráuis da região argelina de Tindouf administrados pela chamada República Árabe Saaraui Democrática tem o nome de Smara.
Em 2005 a cidade assistiu a fortes protestos contra a ocupação marroquina.
Smara situa-se em pleno deserto do Saara, no vale de Saguia el Hamra, 225 km a leste de El Aaiún e 230 km a sul de Tan-Tan (distâncias por estrada). É a única cidade importante do Saara Ocidental que não foi fundada durante o período colonial espanhol.
Atualmente, a importância de Smara deve-se sobretudo às guarnições militares marroquinas e das forças de manutenção da paz das Nações Unidas e ao comércio, nomeadamente o soco (mercado) semanal que se realiza todas as quintas-feiras. Os principais monumentos da cidade são a zauia (santuário), palácio e grande mesquita de Maa el-Ainin (ou Ma al-'Aynayn, Mohamad Mustafa Ould Sheikh Mohamad Fadel), o fundador da cidade, além da chamada mesquita velha e das muralhas. Nos arredores há diversos locais com pinturas rupestres: no oued Selouan (23 km), oued Aasli Boukerch (30 km), Amgala (80 km), oued Tazouwa (135 km) e oued Mirane (145 km). Nos três últimos sítios encontram-se também sepulturas pré-islâmicas.
Até ao final do Smara pouco mais era que um ponto de passagem, cruzamento e abastecimento de caravanas transarianas. A cidade foi fundada no final do pelo chamado "sultão azul", Maa el-Ainin, o xeque saaráui que combateu o colonialismo espanhol e francês. Apesar de se situar longe da costa, Smara era rica em pastagens e água e estava bem situada para controlar as caravanas, e passou a ser a capital de Maa el-Ainin, que ali construiu um arrábita (fortaleza), um palácio e uma grande mesquita em Smara.
Maa el-Ainin combateu os ocupantes espanhóis a partir de 1898, com o apoio do sultão de Marrocos. Em 1902 transformou Smara na sua capital sagrada e tornou-a um centro religioso importante, dotando-a de uma biblioteca islâmica. Em 1904 Maa el-Ainin proclamou-se imã e declarou a jiade (guerra santa) contra o colonialismo francês. Em 1910 o sultão marroquino retira o seu apoio devido às pressões dos franceses e o xeque passa então a apoiar os combatentes antifranceses do sul de Marrocos. Em 1913, Smara é ocupada e quase completamente arrasada por tropas francesas, que devolvem a cidade a Espanha. A resistência continuou, mas foi diminuindo gradualmente até se extinguir em 1920.
Em 1958 Smara assistiu à operação aerotransportada Huracan, levada a cabo conjuntamente por tropas espanholas e francesas, com o objetivo de desalojar o Exército de Libertação de Marrocos do sul. No mesmo ano, a Espanha cedeu a faixa de Tarfaia a Marrocos.
A Frente Polisário, que luta pela independência do Saara Ocidental, foi fundada em Smara em 10 de maio de 1973. As tropas marroquinas ocuparam a cidade a 27 de novembro de 1975, causando a fuga de inúmeros saaráuis para a Argélia, para escaparem às represálias dos marroquinos pelo seu apoio à Frente Polisário. A força aérea marroquina usou napalm, fósforo branco e bombas de fragmentação contra os refugiados, provocando centenas de mortos, que a Amnistia Internacional estima em 530.
Um dos campos de refugiados saaráuis da região argelina de Tindouf administrados pela chamada República Árabe Saaraui Democrática tem o nome de Smara.
Em 2005 a cidade assistiu a fortes protestos contra a ocupação marroquina.
Mapa - Smara
Mapa
País - Saara Ocidental
Ocupado pela Espanha até 1975, o Saara Ocidental está na lista das Nações Unidas de territórios não autônomos desde 1963, após uma demanda marroquina. É o território mais populoso da lista e, de longe, o maior em área. Em 1965, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou sua primeira resolução sobre o Saara Ocidental, pedindo à Espanha que descolonizasse o território. Um ano depois, uma nova resolução foi aprovada pela Assembleia Geral solicitando que um referendo fosse realizado pela Espanha sobre autodeterminação. Em 1975, a Espanha cedeu o controle administrativo do território a uma administração conjunta do Marrocos - que havia reivindicado formalmente o território desde 1957 - e da Mauritânia. Uma guerra eclodiu entre esses países e um movimento nacionalista saarauí, a Frente Polisário, proclamou a República Árabe Saaraui Democrática (RASD) com um governo no exílio em Tindouf, Argélia. A Mauritânia retirou suas reivindicações em 1979 e o Marrocos acabou garantindo de facto o controle da maior parte do território, incluindo todas as grandes cidades e recursos naturais. As Nações Unidas consideram a Frente Polisário a legítima representante do povo sarauí e afirma que os sarauís têm direito à autodeterminação.
Moeda / Linguagem
ISO | Moeda | Símbolo | Algarismo significativo |
---|---|---|---|
MAD | Dirrã marroquino (Moroccan dirham) | د Ù…. | 2 |
ISO | Linguagem |
---|---|
AR | Língua árabe (Arabic language) |