Israel (State of Israel)
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Bandeira de Israel |
Após a adoção de uma resolução pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 29 de novembro de 1947, recomendando a adesão e implementação do Plano de Partilha da Palestina para substituir o Mandato Britânico, em 14 de maio de 1948, David Ben-Gurion, o chefe-executivo da Organização Sionista Mundial e presidente da Agência Judaica para a Palestina, declarou o estabelecimento de um Estado Judeu em Eretz Israel, a ser conhecido como o Estado de Israel, uma entidade independente do controle britânico. As nações árabes vizinhas invadiram o recém-criado país no dia seguinte, em apoio aos árabes palestinos. Israel, desde então, travou várias guerras com os Estados árabes circundantes, no decurso das quais ocupou os territórios da Cisjordânia, península do Sinai, Faixa de Gaza e colinas de Golã. Partes dessas áreas ocupadas, incluindo Jerusalém Oriental, foram anexadas por Israel, mas a fronteira com a vizinha Cisjordânia ainda não foi definida de forma permanente. Israel assinou tratados de paz com Egito e Jordânia, porém os esforços para solucionar o conflito israelo-palestino até agora não resultaram em paz.
O centro financeiro de Israel é Telavive, enquanto Jerusalém é a cidade mais populosa do país e sua capital (embora não seja reconhecida como tal pela comunidade internacional). A população israelense, conforme definido pelo Escritório Central de Estatísticas de Israel, foi estimada em 2019 em 9 milhões de pessoas, das quais 6,7 milhões eram judias. Os árabes formam a segunda maior etnia do país, com 1,9 milhões de pessoas. A grande maioria dos árabes israelenses são muçulmanos, além de uma população menor, mas significativa de beduínos do Negueve e os cristãos árabes. Outras minorias incluem várias denominações étnicas e etno-religiosas, como os drusos, circassianos, samaritanos, maronitas, além de outros.
Israel é uma democracia representativa com um sistema parlamentar, representação proporcional e sufrágio universal. O primeiro-ministro serve como chefe de governo e o Knesset como o corpo legislativo unicameral do país. Israel tem uma das mais altas expectativas de vida do mundo e é considerado um país desenvolvido, sendo membro da OCDE e da ONU. Seu produto interno bruto (PIB) nominal foi o 28.º maior do mundo em 2022, enquanto o país tem o mais alto padrão de vida do Oriente Médio. No entanto, organizações como a Anistia Internacional e o Human Rights Watch têm sido críticos das políticas de Israel em relação aos palestinos, enquanto o governo dos Estados Unidos e alguns países da Europa, como o Reino Unido e a Alemanha, geralmente apoiam Israel bélica e financeiramente.
O primeiro registro histórico conhecido do termo Israel surge na Estela de Merneptá, monumento que celebra as vitórias militares do faraó Merneptá, datado do final do O nome Israel é o único precedido pelo determinativo para povo, assinalando a sua distinção em relação às populações de cidades-Estado presentes na mesma inscrição, o que sugere uma identidade contrastante com a dos seus vizinhos.
É consensual entre os acadêmicos a derivação de Israel a partir de uma forma verbal semita ocidental como śārâ (lutar, prevalecer, reinar [com]), e do elemento teofórico El ("Deus"), o que indicia que a designação poderá ter partido do próprio povo que a usou, podendo-se supor que partilharia uma identidade cultural e uma noção comum de religiosidade (culto a El), assim como, talvez, uma propensão para a guerra.
A tradição judaica dá-o como acrograma hebraico das iniciais dos patriarcas e matriarcas, dos quais se originou o povo de Israel: Isaac e Jacó (י), Sara (ש), Rebeca e Raquel (ר), Abraão (א), Lea (ל). A sua etimologia é sugerida na passagem do Gênesis 32:28, na qual Jacó luta contra um anjo de Deus e o vence, após o que recebe de Deus o nome de Israel. O nome conteria, assim, o significado para a realização de um pacto entre Deus e Israel, mantendo a memória e identidade do povo através dos tempos, e definindo as regras de sua relação com o divino.
O atual país foi designado por Medinat Yisrael, ou Estado de Israel, após serem rejeitadas outras propostas como Eretz Israel ("Terra de Israel"), Sião e Judeia. O uso do termo hebraico israeli para se referir a um cidadão de Israel foi decidido pelo governo do país após a independência e anunciado pelo então Ministro das Relações Exteriores de Israel, Moshe Sharett. Em português, os cidadãos de Israel são denominados "israelenses" (no Brasil) ou "israelitas" (em Portugal e nos PALOP).
Moeda / Linguagem
ISO | Moeda | Símbolo | Algarismo significativo |
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ILS | Novo shekel israelense (Israeli new shekel) | ₪ | 2 |
ISO | Linguagem |
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HE | Língua hebraica (Hebrew language) |
AR | Língua árabe (Arabic language) |