Afeganistão (Islamic Republic of Afghanistan)
![]() |
![]() |
Bandeira do Afeganistão |
O território do Afeganistão foi um ponto essencial para a rota da seda e para a migração humana. Arqueólogos encontraram evidências de presença humana remontantes ao Paleolítico Médio. A civilização urbana pode ter começado entre 3,000 e O país fica em uma localização geoestratégica importante que liga o Oriente Médio à Ásia Central e ao subcontinente indiano, tendo sido a casa de vários povos através dos tempos. A terra tem testemunhado muitas campanhas militares, desde a Antiguidade: as mais notáveis feitas por Alexandre o Grande, Chandragupta Máuria, Gêngis Cã, pela União Soviética e, mais recentemente, pelos Estados Unidos e OTAN. Também foi local de origem de várias dinastias locais como os Greco-bactrianos, Cuchanas, Safáridas, Gasnévidas, Gúridas, Timúridas, Mogóis e muitos outros que criaram seus próprios impérios.
A história política moderna do Afeganistão começa em 1709, com a ascensão dos pastós, quando a dinastia Hotaki foi criada em Candaar, seguida por Ahmad Shah Durrani, subindo ao poder em 1747. A capital do Afeganistão foi transferida em 1776 de Candaar para Cabul e parte do Império Afegão foi cedida aos impérios vizinhos em 1893. No final do, o Afeganistão tornou-se um Estado-tampão, no Grande Jogo entre os impérios britânico e russo. Essa circunstância histórica, combinada com o terreno montanhoso do país, impediu o domínio de potências imperialistas sobre o país, mas também resultou em baixo desenvolvimento econômico. Depois da Terceira Guerra Anglo-Afegã e a assinatura do Tratado de Rawalpindi em 1919, o país recuperou o controle de sua política externa com os britânicos. Após a revolução marxista de 1978 e a invasão soviética em 1979, teve início uma guerra entre as forças governamentais apoiadas por tropas soviéticas e os rebeldes mujahidin, apoiados pelos Estados Unidos, Paquistão, Arábia Saudita e outros países muçulmanos. Nesse conflito, mais de um milhão de afegãos perderam a vida, muitos deles vítimas de minas terrestres. Após a vitória dos rebeldes, em 1992, teve início uma guerra civil, entre diversos grupos rebeldes, que foi vencida pelos talibãs. Depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, teve início um novo conflito, decorrente da intervenção de forças norte-americanas no país. Em dezembro de 2001 o Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou a criação da Força Internacional de Assistência para Segurança para ajudar a manter a segurança no Afeganistão e ajudar a administração do presidente Hamid Karzai. A guerra de vinte anos entre o governo e o talebã atingiu o clímax com a ofensiva talebã em 2021 e a consequente queda de Cabul.
As décadas de guerra fizeram do Afeganistão o país mais perigoso do mundo, incluindo o título de maior produtor de refugiados e requerentes de asilo. Enquanto a comunidade internacional está reconstruindo o Afeganistão dilacerado pela guerra, grupos terroristas como a rede Haqqani e Hezbi Islami estão ativamente envolvidos na insurgência talibã por todo o país, que inclui centenas de assassinatos e ataques suicidas. De acordo com a Organização das Nações Unidas, os insurgentes foram responsáveis por 75% das mortes de civis em 2010 e 80% em 2011.
O nome Afeganistão (, [avɣɒnestɒn]) significa "Terra dos Afegãos", que se origina a partir do etnônimo "afegão". Historicamente, o nome "afegão" designa as pessoas pastós, o maior grupo étnico do Afeganistão. Este nome é mencionado na forma de Abgan, no, pelo Império Sassânida, como Avagana (afghana), no , pelo astrônomo indiano Varahimira. Um povo chamado afegão é mencionado várias vezes no, no livro de geografia Hudud al-'alam, principalmente quando se faz referência a uma vila: "Saul, uma agradável vila nas montanhas. Onde vivem os afegãos".
Albiruni faz referência no a várias tribos nas montanhas da fronteira ocidental do rio Indo, conhecidas como. ibne Batuta, um famoso estudioso marroquino que visitou a região em 1333, escreve: "Nós viajamos para Cabul, antigamente uma grande cidade, o lugar agora é habitado por uma tribo de persas chamados afegãos. Eles vivem nas montanhas e desfiladeiros e possuem considerável força, e são muitas vezes salteadores. Sua principal montanha é chamada de Kuh Sulaiman". Um importante estudioso persa do explica extensamente sobre os afegãos. Por exemplo, ele escreve:
"Os homens de Cabul e Khilji voltaram para casa; e quando eles foram questionados sobre os Muçulmanos do Coistão (as montanhas) e como estavam as coisas por lá, eles disseram, "Não chame de Coistão, mas Afeganistão, pois não há nada lá além dos afegãos e os distúrbios." Assim, é evidente que, o povo do país chamam a sua casa no seu próprio idioma como Afeganistão, e se nomeavam Afegãos."
- Firishta 1560-1620 d.C.
É amplamente aceito que os termos pastó e afegão são sinônimos. Nos escritos do o poeta pastó Khushal Khan Khattak é mencionado: "''Puxe sua espada e mate qualquer um, que diz que pastó e afegão não são um! Os Árabes sabem e assim fazem os Romanos: afegãos são pastós, pastós são afegãos!"
A última parte do nome, -istão é um sufixo persa para "lugar", proeminente em muitas línguas da região. O nome "Afeganistão" é descrito no pelo imperador mogol Babur em suas memórias e também pelo estudioso persa Firishta e os descendentes de Babur, referindo-se a tradicional étnica afegã (pastó) territórios entre as montanhas de Indocuche e o Rio Indo. No início do, Políticos afegãos decidiram por adotar o nome Afeganistão para todo o Império Afegão após sua tradução para o inglês já havia aparecido em diversos tratados com o Império Qajar e a Índia Britânica. Em 1857, na análise de John William Kaye The Afghan Warm Friedrich Engels descreve o "Afeganistão" como:
Moeda / Linguagem
ISO | Moeda | Símbolo | Algarismo significativo |
---|---|---|---|
AFN | Afegane (Afghan afghani) | Ø‹ | 2 |
ISO | Linguagem |
---|---|
PS | Língua pastó (Pashto language) |
FA | Língua persa (Persian language) |
TK | Língua turcomena (Turkmen language) |
UZ | Língua usbeque (Uzbek language) |